
quarta-feira, 28 de maio de 2025
O raio-X antes do negócio: por que a due diligence é o exame que ninguém deveria ignorar

Nicolas Frietto de Borba
Resumo
Negócio também precisa de diagnóstico. Investigar antes — com uma due diligence bem feita — evita surpresas, revela riscos ocultos e garante segurança em transações imobiliárias, societárias ou sucessórias. Melhor prevenir no papel do que remediar no tribunal.
O raio-X antes do negócio: por que a due diligence é o exame que ninguém deveria ignorar
Antes de uma cirurgia, é essencial fazer exames. O corpo precisa ser compreendido em detalhes antes de qualquer corte, porque o risco de operar no escuro é simplesmente alto demais. Com os negócios — especialmente os imobiliários, societários ou sucessórios — não deveria ser diferente. A due diligence é esse exame prévio, o check-up jurídico, contábil e documental que revela onde estão os pontos de atenção, os riscos ocultos e os sinais de alerta.
No entanto, como tantos exames preventivos, ela costuma ser ignorada. A empolgação de comprar um imóvel, adquirir uma empresa ou assinar um contrato muitas vezes atropela a racionalidade. E só depois, quando surgem dívidas ocultas, ações judiciais, vícios construtivos ou cláusulas amarradas, é que se percebe o quanto uma investigação prévia teria economizado dinheiro — e dor de cabeça.
A due diligence, basicamente, se trata de um processo de investigação. No campo imobiliário, por exemplo, envolve levantar a situação registral do imóvel, verificar a matrícula, analisar eventuais ônus, confrontar dados do IPTU, checar a regularidade construtiva e urbanística. No contexto empresarial, ela se aprofunda em contratos, passivos trabalhistas, tributários e cíveis, além de examinar a saúde financeira da empresa.
Em uma sucessão familiar, a lógica é a mesma: antes de fazer doações, instituir uma holding ou definir quotas, se mostra prudente entender exatamente o que se possui, como está registrado, quais herdeiros já receberam bens, quais os riscos de desequilíbrio. A pressa de resolver o futuro não pode atropelar o diagnóstico do presente.
A analogia com o exame médico não é gratuita. Muitos negócios parecem saudáveis à primeira vista, mas carregam “doenças silenciosas” — pendências judiciais, inconsistências fiscais, registros malfeitos. Assim, a due diligence não impede que a transação aconteça, mas permite que ela seja feita com consciência dos riscos, ou com mecanismos para reduzi-los.
Por isso, negociar sem due diligence ou fazer uma cirurgia sem exames prévios é como viajar sem revisar o carro. Pode ser que dê tudo certo, mas se der errado, o prejuízo raramente será pequeno.
Seguiremos mapeando os bastidores das decisões jurídicas e patrimoniais que impactam o dia a dia — com menos romantismo e mais estratégia.

quarta-feira, 28 de maio de 2025
O raio-X antes do negócio: por que a due diligence é o exame que ninguém deveria ignorar

Nicolas Frietto de Borba
Resumo
Negócio também precisa de diagnóstico. Investigar antes — com uma due diligence bem feita — evita surpresas, revela riscos ocultos e garante segurança em transações imobiliárias, societárias ou sucessórias. Melhor prevenir no papel do que remediar no tribunal.
O raio-X antes do negócio: por que a due diligence é o exame que ninguém deveria ignorar
Antes de uma cirurgia, é essencial fazer exames. O corpo precisa ser compreendido em detalhes antes de qualquer corte, porque o risco de operar no escuro é simplesmente alto demais. Com os negócios — especialmente os imobiliários, societários ou sucessórios — não deveria ser diferente. A due diligence é esse exame prévio, o check-up jurídico, contábil e documental que revela onde estão os pontos de atenção, os riscos ocultos e os sinais de alerta.
No entanto, como tantos exames preventivos, ela costuma ser ignorada. A empolgação de comprar um imóvel, adquirir uma empresa ou assinar um contrato muitas vezes atropela a racionalidade. E só depois, quando surgem dívidas ocultas, ações judiciais, vícios construtivos ou cláusulas amarradas, é que se percebe o quanto uma investigação prévia teria economizado dinheiro — e dor de cabeça.
A due diligence, basicamente, se trata de um processo de investigação. No campo imobiliário, por exemplo, envolve levantar a situação registral do imóvel, verificar a matrícula, analisar eventuais ônus, confrontar dados do IPTU, checar a regularidade construtiva e urbanística. No contexto empresarial, ela se aprofunda em contratos, passivos trabalhistas, tributários e cíveis, além de examinar a saúde financeira da empresa.
Em uma sucessão familiar, a lógica é a mesma: antes de fazer doações, instituir uma holding ou definir quotas, se mostra prudente entender exatamente o que se possui, como está registrado, quais herdeiros já receberam bens, quais os riscos de desequilíbrio. A pressa de resolver o futuro não pode atropelar o diagnóstico do presente.
A analogia com o exame médico não é gratuita. Muitos negócios parecem saudáveis à primeira vista, mas carregam “doenças silenciosas” — pendências judiciais, inconsistências fiscais, registros malfeitos. Assim, a due diligence não impede que a transação aconteça, mas permite que ela seja feita com consciência dos riscos, ou com mecanismos para reduzi-los.
Por isso, negociar sem due diligence ou fazer uma cirurgia sem exames prévios é como viajar sem revisar o carro. Pode ser que dê tudo certo, mas se der errado, o prejuízo raramente será pequeno.
Seguiremos mapeando os bastidores das decisões jurídicas e patrimoniais que impactam o dia a dia — com menos romantismo e mais estratégia.

quarta-feira, 28 de maio de 2025
O raio-X antes do negócio: por que a due diligence é o exame que ninguém deveria ignorar

Nicolas Frietto de Borba
Resumo
Negócio também precisa de diagnóstico. Investigar antes — com uma due diligence bem feita — evita surpresas, revela riscos ocultos e garante segurança em transações imobiliárias, societárias ou sucessórias. Melhor prevenir no papel do que remediar no tribunal.
O raio-X antes do negócio: por que a due diligence é o exame que ninguém deveria ignorar
Antes de uma cirurgia, é essencial fazer exames. O corpo precisa ser compreendido em detalhes antes de qualquer corte, porque o risco de operar no escuro é simplesmente alto demais. Com os negócios — especialmente os imobiliários, societários ou sucessórios — não deveria ser diferente. A due diligence é esse exame prévio, o check-up jurídico, contábil e documental que revela onde estão os pontos de atenção, os riscos ocultos e os sinais de alerta.
No entanto, como tantos exames preventivos, ela costuma ser ignorada. A empolgação de comprar um imóvel, adquirir uma empresa ou assinar um contrato muitas vezes atropela a racionalidade. E só depois, quando surgem dívidas ocultas, ações judiciais, vícios construtivos ou cláusulas amarradas, é que se percebe o quanto uma investigação prévia teria economizado dinheiro — e dor de cabeça.
A due diligence, basicamente, se trata de um processo de investigação. No campo imobiliário, por exemplo, envolve levantar a situação registral do imóvel, verificar a matrícula, analisar eventuais ônus, confrontar dados do IPTU, checar a regularidade construtiva e urbanística. No contexto empresarial, ela se aprofunda em contratos, passivos trabalhistas, tributários e cíveis, além de examinar a saúde financeira da empresa.
Em uma sucessão familiar, a lógica é a mesma: antes de fazer doações, instituir uma holding ou definir quotas, se mostra prudente entender exatamente o que se possui, como está registrado, quais herdeiros já receberam bens, quais os riscos de desequilíbrio. A pressa de resolver o futuro não pode atropelar o diagnóstico do presente.
A analogia com o exame médico não é gratuita. Muitos negócios parecem saudáveis à primeira vista, mas carregam “doenças silenciosas” — pendências judiciais, inconsistências fiscais, registros malfeitos. Assim, a due diligence não impede que a transação aconteça, mas permite que ela seja feita com consciência dos riscos, ou com mecanismos para reduzi-los.
Por isso, negociar sem due diligence ou fazer uma cirurgia sem exames prévios é como viajar sem revisar o carro. Pode ser que dê tudo certo, mas se der errado, o prejuízo raramente será pequeno.
Seguiremos mapeando os bastidores das decisões jurídicas e patrimoniais que impactam o dia a dia — com menos romantismo e mais estratégia.